segunda-feira, 14 de setembro de 2020

SENTENÇA

""Tudo que é seu, (ou pra ser seu) encontrará um modo de chegar até você" 

Essa frase é linda, sublime e traduz em outras palavras o que Moisés escreveu em Dt.28 em " que as bençãos do Senhor nos alcançariam." Resumindo, é isso! Mas confesso que essa frase tem um "quê" poético e lírico, que acorda sentidos adormecidos pelo tempo.
À primeira vista, nos transmite uma mensagem de comodismo; de que independente se nos esforçarmos ou não, tudo acontecerá como se fosse mágica!? Não!
Apesar de acreditar no mover das coisas. Na fé. Nas orações. No poder sobrenatural. Nos milagres de Deus... Porém, acredito nas nossas ações e na força que elas têm para mover às bençãos de Deus e pra que elas se acheguem até nós. A chamada lei da semeadura: aquilo que semearmos certamente, colheremos! O que tens semeado para quereres colher? A semente ou ação pode se dar no campo da fala, do que pensamos ou fazemos. Sim, pensar é uma ação também!
Embora, em nossa sociedade ocidental o ato de  pensar não seja uma ação valorizada, comparada às outras culturas orientais. No entanto, é preciso pensarmos antes de agirmos! Medir consequências. Pesar os prós e os contras. Tecer percepções. Observar posturas. Ouvir principalmente, conselhos dos anciãos e de Deus! Sim, Deus fala! Basta estarmos atentos e querermos ouví-lo e então, veremos suas respostas. Nem sempre seu falar é audível, como aconteceu com os patriarcas e profetas. Seu falar pode ser através de uma pessoa sábia. (Uma experiência de vida, uma história, um conselho...). Pode ser através das leis naturais que circundam nossas vidas (Doenças, morte,  nascimento, aborto, perdas ou ganhos financeiros...).  Pode ser através da Bíblia (Um versículo, uma palavra, uma história, um salmo, um provérbio, uma parábola...). Através de um hino, um cântico, uma prece, um falar contido ou demasiado...  E porque não, através desse pensamento pensado por um pensador? Tudo depende do que queremos ler, ouvir, ver... Tudo depende do nosso olhar! Da nossa capacidade de desejarmos interpretar, como estou tentando fazer agora com essa frase. Tentando tirar leite de pedra. Tirando da linha às histórias contidas nas entrelinhas, nos silêncios, nos gritos, nos gemidos, na musicalidade, na ousadia, na timidez, nas metáforas, nas hipérboles e nos pleonasmos das palavras contidas nessa sentença de espera...
Mas o clímax da história, onde está? Está nos teus sentidos! Ou sente ou não sente! Não existe meio-termo, meia-verdade, meio sentimento...? E as almas gêmeas? Não são elas metades que se encontram? Ou o certo seria, inteiros que se completam? Eis a questão! Depende da tua retina...
Como as coisas chegarão a mim, sem que esteja claro que me pertencem? Braços cruzados ou mãos a obra? Se eu vos disser que a resposta é meio a meio? Decepcionei-te? Estou eu me contradizendo? Nao estou, eu sou a contradição! Mas, me perdoe, eu não estou para dar respostas. Estou no mundo para fazer perguntas ou para ser a resposta.
Dar respostas é o inverso de ser resposta. Uma é teórica e a outra é práxis. E é por isso que essa frase encanta-me: o início dela é teórico, mas após a vírgula, nasce-se a prática... Meio a meio! Tipo pizza: por favor, uma gigante, metade teoria e metade prática, regado com azeite de perseverança e bordas de fé! Porque cá entre nós, não é uma prática comum, trivial e racional, como se espera. Essa prática rompe barreiras da física quântica, emudece teorias evolucionistas, fortalece laços de sangue, inibe autoridades autoritárias, silencia plateias egocêntricas, unem ativistas meio religiosos a meio céticos apaixonados e reticências!

Lilian Flores
www.contoscontidos.blogspot.com.brpot.com.br
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